Crusoé da vida real: conheça o homem que viveu 4 anos em uma ilha deserta - Mega Curioso
Por um escritor misterioso
Last updated 22 abril 2025

História real ocorrida em ilha a 650 km do Chile pode ter sido a inspiração para a famosa obra do escritor Daniel Defoe.
No dia 1º de fevereiro de 1709, o marinheiro escocês Alexander Selkirk foi finalmente resgatado após passar quatro anos perdido na ilha Más a Tierra – a maior do arquipélago Juan Fernández, localizado a 650 km da costa do Chile. Selkirk era o navegador de um pequeno navio da época, o Cinque Ports, que atracou na ilha em outubro de 1704 após ter sido danificado em uma série de batalhas com os espanhóis. Além disso, o casco da embarcação estava infestado por cupins, que estavam destruindo a estrutura do navio. Durante a sua passagem pela ilha, a tripulação aproveitou para renovar as provisões de água e comida. No entanto, por conta do péssimo estado em que encontrava a embarcação, Selkirk recusou-se a subir a bordo novamente, ao mesmo tempo em que tentou, sem sucesso, convencer seus companheiros de viagem a compartilhar de sua decisão. Fonte da imagem: Reprodução/TodayIFoundOutApesar de parecer insana a princípio, a escolha de Selkirk provou-se a mais acertada, uma vez que o Cinque Ports naufragou pouco tempo depois na costa do Peru. Dos 41 membros remanescentes da tripulação (que, originalmente, contava com 90 pessoas), apenas oito sobreviveram, nadando até uma ilha próxima do local do naufrágio – onde seriam capturados pelos espanhóis. Posteriormente, apenas o capitão do Cinque Ports conseguiria escapar vivo e arranjar uma maneira de retornar ao Reino Unido. A vida na ilha Longe dos perigos de navegar em uma embarcação caindo aos pedaços, Alexander Selkirk permaneceu seguro em uma ilha abastecida com comida e água fresca. Além disso, ele também contava com um mosquete (espécie de rifle rústico da época), pólvora, uma faca, uma Bíblia, um colchonete, tabaco e algumas ferramentas – o suficiente para sobreviver algumas semanas na ilha até que algum navio passasse por perto com o qual ele poderia pegar carona. Infelizmente, como já sabemos, essas semanas mostraram-se muito mais do que alguns dias. Durante esse tempo, o marinheiro teve de aprender a se virar com o que tinha em mãos. Enquanto a ilha oferecia muitas provisões (como bodes, morsas, mariscos e repolho), a localidade também estava infestada de ratos. Mapa da ilha em que Selkirk viveu Fonte da imagem: Reprodução/WikipediaSe durante o dia os roedores não ofereciam problema, na hora de dormir eles infernizavam a vida de Selkirk roendo suas roupas, cobertas e mordendo seus pés. Por sorte, a própria solução também estava presente na ilha, na forma de uma grande população de gatos. Assim, Selkirk domesticou diversos felinos, oferecendo-lhes comida regularmente. Desse modo, os gatos passaram a viver próximos ao seu acampamento, afastando os ratos da região durante o seu sono. Durante o resto de sua estadia, o marinheiro conseguiu viver de maneira confortável, na medida do possível em sua situação. Em seus relatos, Selkirk acredita que matou cerca de 500 bodes durante a sua estadia na ilha, os quais eram uma de suas principais fontes de alimentação. Além disso, Selkirk aproveitou o conhecimento aprendido com o seu pai, um sapateiro, para trabalhar o couro dos animais e transformá-lo em novas roupas. De frente com o perigo Nos quatros anos que se passaram, o marinheiro correu risco de vida apenas duas vezes. Na primeira, ele se machucou bastante ao cair de um penhasco enquanto caçava um bode. Os seus ferimentos poderiam ter sido piores, provavelmente, se ele não tivesse caído em cima de outro bode, que acabou morrendo com o impacto. De acordo com o marinheiro, a queda o deixou inconsciente por um dia inteiro, além de tornar o seu corpo inteiro “dormente” por outros dois. Estátua de Alexander Selkirk em Lower Largo, na Escócia Fonte da imagem: Reprodução/WikipediaJá a segunda vez aconteceu quando navios finalmente chegaram à ilha. O problema, contudo, é que as embarcações eram espanholas. Selkirk teve de fugir assim que foi avistado pelos espanhóis, que começaram a atirar no náufrago. Na ocasião, os espanhóis o procuraram pela ilha, mas acabaram desistindo. Para escapar do perigo, o marinheiro permaneceu sobre uma árvore cheia de folhas durante dois dias. De acordo com os seus relatos, alguns espanhóis chegaram até a “tirar a água do joelho” na árvore enquanto ele estava por ali. O resgate Finalmente, no dia 1º de fevereiro de 1709, dois navios ingleses, nos quais estavam o explorador William Dampier e o capitão Woodes Rogers, ancoraram próximos à ilha de Selkirk, que chamou a sua atenção via sinais de fumaça. Vários membros da tripulação dos navios estavam sofrendo de escorbuto e Selkirk os auxiliou a encontrar toda a comida necessária para resolver o problema. O capitão Rogers gostou tanto da ajuda do marinheiro que, além de resgatá-lo, fez dele o seu braço direito antes mesmo de zarparem. Posteriormente, o capitão Rogers escreveu um livro contando detalhadamente as suas viagens, incluindo o conto de Selkirk. A história, inclusive, acabou servindo de inspiração para o escritor Daniel Defoe criar a sua famosa obra, “Robinson Crusoé”, publicada originalmente em 1719 no Reino Unido. Primeira página da primeira edição de Robinson Crusoé Fonte da imagem: Reprodução/WikipediaA ilha em que Selkirk viveu durante quatro anos foi rebatizada pelo governo chileno com o nome do personagem criado por Defoe em 1966. Na mesma ocasião, outra ilha menor do arquipélago ganhou o nome do marinheiro escocês, concluindo um caso em que a ficção acabou tornando-se mais conhecida que a própria realidade.
No dia 1º de fevereiro de 1709, o marinheiro escocês Alexander Selkirk foi finalmente resgatado após passar quatro anos perdido na ilha Más a Tierra – a maior do arquipélago Juan Fernández, localizado a 650 km da costa do Chile. Selkirk era o navegador de um pequeno navio da época, o Cinque Ports, que atracou na ilha em outubro de 1704 após ter sido danificado em uma série de batalhas com os espanhóis. Além disso, o casco da embarcação estava infestado por cupins, que estavam destruindo a estrutura do navio. Durante a sua passagem pela ilha, a tripulação aproveitou para renovar as provisões de água e comida. No entanto, por conta do péssimo estado em que encontrava a embarcação, Selkirk recusou-se a subir a bordo novamente, ao mesmo tempo em que tentou, sem sucesso, convencer seus companheiros de viagem a compartilhar de sua decisão. Fonte da imagem: Reprodução/TodayIFoundOutApesar de parecer insana a princípio, a escolha de Selkirk provou-se a mais acertada, uma vez que o Cinque Ports naufragou pouco tempo depois na costa do Peru. Dos 41 membros remanescentes da tripulação (que, originalmente, contava com 90 pessoas), apenas oito sobreviveram, nadando até uma ilha próxima do local do naufrágio – onde seriam capturados pelos espanhóis. Posteriormente, apenas o capitão do Cinque Ports conseguiria escapar vivo e arranjar uma maneira de retornar ao Reino Unido. A vida na ilha Longe dos perigos de navegar em uma embarcação caindo aos pedaços, Alexander Selkirk permaneceu seguro em uma ilha abastecida com comida e água fresca. Além disso, ele também contava com um mosquete (espécie de rifle rústico da época), pólvora, uma faca, uma Bíblia, um colchonete, tabaco e algumas ferramentas – o suficiente para sobreviver algumas semanas na ilha até que algum navio passasse por perto com o qual ele poderia pegar carona. Infelizmente, como já sabemos, essas semanas mostraram-se muito mais do que alguns dias. Durante esse tempo, o marinheiro teve de aprender a se virar com o que tinha em mãos. Enquanto a ilha oferecia muitas provisões (como bodes, morsas, mariscos e repolho), a localidade também estava infestada de ratos. Mapa da ilha em que Selkirk viveu Fonte da imagem: Reprodução/WikipediaSe durante o dia os roedores não ofereciam problema, na hora de dormir eles infernizavam a vida de Selkirk roendo suas roupas, cobertas e mordendo seus pés. Por sorte, a própria solução também estava presente na ilha, na forma de uma grande população de gatos. Assim, Selkirk domesticou diversos felinos, oferecendo-lhes comida regularmente. Desse modo, os gatos passaram a viver próximos ao seu acampamento, afastando os ratos da região durante o seu sono. Durante o resto de sua estadia, o marinheiro conseguiu viver de maneira confortável, na medida do possível em sua situação. Em seus relatos, Selkirk acredita que matou cerca de 500 bodes durante a sua estadia na ilha, os quais eram uma de suas principais fontes de alimentação. Além disso, Selkirk aproveitou o conhecimento aprendido com o seu pai, um sapateiro, para trabalhar o couro dos animais e transformá-lo em novas roupas. De frente com o perigo Nos quatros anos que se passaram, o marinheiro correu risco de vida apenas duas vezes. Na primeira, ele se machucou bastante ao cair de um penhasco enquanto caçava um bode. Os seus ferimentos poderiam ter sido piores, provavelmente, se ele não tivesse caído em cima de outro bode, que acabou morrendo com o impacto. De acordo com o marinheiro, a queda o deixou inconsciente por um dia inteiro, além de tornar o seu corpo inteiro “dormente” por outros dois. Estátua de Alexander Selkirk em Lower Largo, na Escócia Fonte da imagem: Reprodução/WikipediaJá a segunda vez aconteceu quando navios finalmente chegaram à ilha. O problema, contudo, é que as embarcações eram espanholas. Selkirk teve de fugir assim que foi avistado pelos espanhóis, que começaram a atirar no náufrago. Na ocasião, os espanhóis o procuraram pela ilha, mas acabaram desistindo. Para escapar do perigo, o marinheiro permaneceu sobre uma árvore cheia de folhas durante dois dias. De acordo com os seus relatos, alguns espanhóis chegaram até a “tirar a água do joelho” na árvore enquanto ele estava por ali. O resgate Finalmente, no dia 1º de fevereiro de 1709, dois navios ingleses, nos quais estavam o explorador William Dampier e o capitão Woodes Rogers, ancoraram próximos à ilha de Selkirk, que chamou a sua atenção via sinais de fumaça. Vários membros da tripulação dos navios estavam sofrendo de escorbuto e Selkirk os auxiliou a encontrar toda a comida necessária para resolver o problema. O capitão Rogers gostou tanto da ajuda do marinheiro que, além de resgatá-lo, fez dele o seu braço direito antes mesmo de zarparem. Posteriormente, o capitão Rogers escreveu um livro contando detalhadamente as suas viagens, incluindo o conto de Selkirk. A história, inclusive, acabou servindo de inspiração para o escritor Daniel Defoe criar a sua famosa obra, “Robinson Crusoé”, publicada originalmente em 1719 no Reino Unido. Primeira página da primeira edição de Robinson Crusoé Fonte da imagem: Reprodução/WikipediaA ilha em que Selkirk viveu durante quatro anos foi rebatizada pelo governo chileno com o nome do personagem criado por Defoe em 1966. Na mesma ocasião, outra ilha menor do arquipélago ganhou o nome do marinheiro escocês, concluindo um caso em que a ficção acabou tornando-se mais conhecida que a própria realidade.

Filosofia berlendis by Editora FTD - Issuu

35 mil morsas se mudaram para a costa do Alasca porque não há mais

Wilson' curtiu isso: empresa oferece turismo de náufrago em ilhas

35 mil morsas se mudaram para a costa do Alasca porque não há mais

Há 40 anos, ela topou viver em uma ilha deserta com um estranho

Como esses 6 meninos sobreviveram 18 meses em uma ilha deserta

Inspiração de Crusoé: Alexander Selkirk, o marinheiro que
O HOMEM que foi RESGATADO de uma ilha deserta 9 ANOS depois..

A verdadeira (e paradisíaca) ilha de Robinson Crusoé - Planeta

Descubra 7 das ilhas mais perigosas de todos os tempos - Mega Curioso

Há 40 anos, ela topou viver em uma ilha deserta com um estranho
Recomendado para você
-
Stranded Deep, mas pode chamar de simulador de Náufrago - Meio Bit22 abril 2025
-
Download do APK de Ilha da Sobrevivencia - Craft para Android22 abril 2025
-
Stranded Deep: veja os requisitos mínimos para fazer download no PC22 abril 2025
-
Qual é a melhor forma de sobreviver em uma ilha deserta? - Quora22 abril 2025
-
The Sims 2: Castaway – Wikipédia, a enciclopédia livre22 abril 2025
-
Master & Salt Plays22 abril 2025
-
Polycraft: explore uma ilha deserta neste simpático game que roda de graça via navegador e sem plugin - Arkade22 abril 2025
-
Btooom! - Volume 1: 9788577878079: Junya Inoue: Books22 abril 2025
-
DStv - Robinson Crusoé naufraga numa ilha deserta e tem de22 abril 2025
-
Os 5 melhores jogos de sobrevivência em ilhas para Android :: MaioChristopher22 abril 2025
você pode gostar
-
Banpresto Dragon Ball Z Solid Edge Works SSJ Vegeta Figure22 abril 2025
-
Definitive JoJo Stands Tier List by Critica-7 on DeviantArt22 abril 2025
-
Stop display of Now Playing on iPhone - Apple Community22 abril 2025
-
CapCut_vídeo da mulher que vai com um carro blindado lá na áfrica22 abril 2025
-
Nanatsu no Taizai 4ª Temporada Dublado - Episódio 11 - Animes Online22 abril 2025
-
Roblox free avatar ideas part 1 #roblox #avatar #games #metamorphosis22 abril 2025
-
Chess Opening Basics: The Sicilian Dragon - Chessable Blog22 abril 2025
-
sailor moon crystal dublado|Pesquisa do TikTok22 abril 2025
-
Pokemon Journeys Surprises Ash With Leon's Tricky Plan22 abril 2025
-
Vinland Saga World on X: ⚔2nd Global Fan Art Contest⚔ Post your # VinlandSaga fanart with the hashtag #VINLAND_FANART2 Don't miss this chance! Rules and Guidelines: / X22 abril 2025